BENEVIA é um inseticida sistémico à base de ciantraniliprol que controla um grande número de pragas picadoras sugadoras. Atua principalmente por ingestão. Os insetos cessam o seu movimento e a alimentação, poucas horas após a aplicação de BENEVIA. Controla lepidópteros, tripes, larvas mineiras, mosca branca e afídeos de diversas hortícolas de estufa. BENEVIA é uma nova ferramenta na gestão de resistências, que reduz a transmissão de vírus.
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Modo de Ação
BENEVIA é um inseticida à base de ciantraniliprol que atua principalmente por ingestão nos estados jovens das pragas. O seu modo de ação caracteriza-se pela ativação dos recetores de rianodina no sistema muscular dos insetos. Esta ativação estimula a libertação descontrolada de cálcio, conduzindo ao esgotamento de reservas deste no interior das fibras musculares o que provoca um desajuste na contração muscular, seguido de paralisia. Os insetos cessam o seu movimento e a alimentação poucas horas após a aplicação de BENEVIA, acabando por morrer 3 a 6 dias após exposição ao produto. BENEVIA pode ser aplicado em qualquer estado vegetativo das culturas, aquando do aparecimento das pragas, no entanto, a sua eficácia será maior quando aplicado em plantas jovens. Monitorizar as populações dos insetos e realizar as aplicações quando seja atingido o nível económico de ataque.
Usos e Condições de Aplicação
As aplicações devem ser dirigidas aos estados iniciais de desenvolvimento dos insetos, preferencialmente, oviposição e/ou aparecimento das primeiras lagartas (BBCH12-89).
Máximo de 4 aplicações por cultura e para a totalidade das finalidades (mínimo 7 dias entre aplicações), excepto na cultura do morangueiro que são apenas permitidas 2 aplicações.
Usar a dose mais elevada em plantas desenvolvidas.
Cultura | Praga | Dose & Concentração | Intervalo de segurança (dias) |
---|---|---|---|
Tomateiro Beringela ESTUFA |
Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta) Larvas-mineiras (Liriomyza sp.) |
600 mL/ha (40mL/hL) A dose mínima que deve utilizar é 400 mL produto/ha, independentemente do volume de calda utilizado (ajustar a concentração). |
1 |
Tomateiro Beringela ESTUFA |
Mosca-branca (Bemisia tabaci) Mosca-branca-das-estufas (Trialeurodes vaporariorum) Afídeo-do-algodoeiro (Aphis gossypii) Lagarta-do-tomate (Helicoverpa armigera) Lagarta (Spodoptera exigua) Lagarta (Spodoptera littoralis) Lagarta (Chrysodeixis calcites) |
1125 mL/ha (60 – 75mL/hL) A dose mínima que deve utilizar é 600 mL produto/ha, independentemente do volume de calda utilizado (ajustar a concentração). |
1 |
Tomateiro Beringela ESTUFA |
Tripe-da-Califórnia (Frankliniella occidentalis) Tripe-do-tabaco (= tripe -da-cebola) (Thrips tabaci) |
1200 mL/ha (75 – 100mL/hL) A dose mínima que deve utilizar é 750 mL produto/ha, independentemente do volume de calda utilizado (ajustar a concentração). |
1 |
Meloeiro Melancia Pepino Aboborinha (=courgette) ESTUFA |
Larvas-mineiras (Liriomyza sp.) | 600 mL/ha (40mL/hL) A dose mínima que deve utilizar é 400 mL produto/ha, independentemente do volume de calda utilizado (ajustar a concentração). |
1 |
Meloeiro Melancia Pepino Aboborinha (=courgette) ESTUFA |
Mosca-branca (Bemisia tabaci) Mosca-branca-das-estufas (Trialeurodes vaporariorum) Afídeo-do-algodoeiro (Aphis gossypii) Lagarta-do-tomate (Helicoverpa armigera) Lagarta (Spodoptera exigua) Lagarta (Spodoptera littoralis) Lagarta (Chrysodeixis calcites) |
1125 mL/ha (60 – 75mL/hL) A dose mínima que deve utilizar é 600 mL produto/ha, independentemente do volume de calda utilizado (ajustar a concentração). |
1 |
Meloeiro Melancia Pepino Aboborinha (=courgette) ESTUFA |
Tripe-da-Califórnia (Frankliniella occidentalis) Tripe-do-tabaco (= tripe -da-cebola) (Thrips tabaci) |
1200 mL/ha (75 – 100mL/hL) A dose mínima que deve utilizar é 750 mL produto/ha, independentemente do volume de calda utilizado (ajustar a concentração). |
1 |
Morangueiro ESTUFA |
Lagarta-do-tomate (Helicoverpa armigera) Lagarta (Spodoptera exigua) Lagarta (Spodoptera littoralis) Lagarta (Chrysodeixis calcites) |
750 mL/ha (60 – 75mL/hL) A dose mínima que deve utilizar é 600 mL produto/ha, independentemente do volume de calda utilizado (ajustar a concentração). |
1 |
Morangueiro ESTUFA |
Tripe-da-Califórnia (Frankliniella occidentalis) Tripe-do-tabaco (= tripe -da-cebola) (Thrips tabaci) Gorgulho (Anthonomus rubi) Drosófila-da-asa-manchada (Drosophila suzukii) Afídeo-verde (Myzus persicae) |
750 mL/ha (75 – 100mL/hL) A dose mínima que deve utilizar é 750 mL produto/ha, independentemente do volume de calda utilizado (ajustar a concentração). |
1 |
Trigo, Triticale, Cevada, Centeio e Aveia
Praga: Afídeos (Rhopalosiphum padi; Sitobion avenae; Schizaphis graminum).
Dose / concentração: 0,2-0,3L/ha
Intervalo de segurança (dias): 28
Algodão
Praga: Afídeos (Aphis gossypii; Pectinophora sp.; Earia insulana); Lagartas (Helicoverpa armigera).
Dose / concentração: 0,4-0,6L/ha
Intervalo de segurança (dias): 28
Macieiras e Pereiras
Praga: Afídeos (Eriosoma lanigerum; Dysaphis plantaginea; Aphis pomi; Myzus persicae)
Dose / concentração: 20-30 mL/hL
Intervalo de segurança (dias): 14
Pereiras
Praga: Psila da pereira (Cacopsylla pyri)
Dose / concentração: 20-30 mL/hL
Intervalo de segurança (dias): 14
Tomateiro
Praga: Afídeos (Myzus persicae; Macrosiphum euphorbiae). Lagartas (Autographa gamma; Spodoptera littoralis; Helicoverpa armigera).
Dose / concentração: 0,2-0,3 L/ha
Intervalo de segurança (dias): 3
Craveiro
Praga: Lagartas (Tortrix pronubana)
Dose / concentração: 0,2-0,3 L/ha
Intervalo de segurança (dias): –
Roseira
Praga: Afídeos (Aphis gossypii; Myzus persicae; Macrosiphum rosae). Lagartas (Helicoverpa armigera).
Dose / concentração: 0,2-0,3 L/ha
Intervalo de segurança (dias): –
Colza
Praga: Lagartas (Helicoverpa armigera).
Dose / concentração: 0,2-0,3 L/ha
Intervalo de segurança (dias): 42
Beterraba sacarina
Praga: Afídeos (Aphis fabae). Lagartas (Autographa gamma; Chrysodeixis chalcites; Helicoverpa armigera).
Dose / concentração: 0,2-0,3 L/ha
Intervalo de segurança (dias): –
Videira
Praga: Traça-da-uva (Lobesia botrana).
Dose / concentração: 0,2-0,3 L/ha
Intervalo de segurança (dias): 14
Batateira
Praga: Afídeos (Aphis fabae; Myzus persicae). Lagartas (Autographa gamma; Spodoptera littoralis; Helicoverpa armigera).
Escaravelho da batateira (Leptinotarsa decemlineata). Percevejo (Nezara viridula).
Dose / concentração: 0,2-0,3 L/ha
Intervalo de segurança (dias): 7
Precauções Biológicas
O BENEVIA pertence à família química das diamidas antranílicas (Grupo 28 do IRAC – moduladores dos recetores de rianodina ou diamidas).
Numa estratégia de mitigação do risco de desenvolvimento de resistência, o número de tratamentos preconizado para o total das finalidades em cada uma das culturas, não deve ser ultrapassado. O número indicado refere-se ao total de aplicações com este produto ou qualquer outro com idêntico modo de ação (Grupo 28 IRAC). Recomenda-se a alternância do BENEVIA com produtos apresentando distinto modo de ação. Evitar a exposição de duas gerações consecutivas da praga a inseticidas com o mesmo modo de ação (Grupo 28). Não realizar mais do que três aplicações de inseticidas do grupo das diamidas antranílicas (Grupo 28) dentro de uma janela de aplicação. Uma janela de aplicação compreende o período de atividade residual de uma ou mais aplicações de produtos com o mesmo modo de ação, correspondendo aproximadamente a 30 dias (15 a 40 dias dependendo da rapidez de desenvolvimento da praga, desde o estado de ovo até ao estado adulto).
Precauções Toxicológicas, Ecotoxicológicas e Ambientais
Skin Sens. 1B;Aquatic Acute 1;Aquatic Chronic 1;GHS07;GHS09
Atenção; H317; H410; P102; P261; P270; P273; P280; P302+P352; P333+P313; P362+P364; P391; P501a; EUH210; EUH401; SP1; SPe1; SPe8PT2; SPgPT1; SPgPT4; SPo5; SPoPT2; SPoPT4; SPoPT5; SPoPT6; SPPT1